A INTIMIDADE GENÉTICA: DIREITO À INTIMIDADE E À INFORMAÇÃO NA PROTEÇÃO DOS DADOS GENÉTICOS

Autores

  • Cláudia Cinara Locateli Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó
  • Ana Cristina Pandolfo Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó

DOI:

https://doi.org/10.37497/revistacejur.v1i2.67

Palavras-chave:

Discriminação. Engenharia genética. Intimidade Genética.

Resumo

O presente artigo repousa no estudo da evolução da biotecnologia e na importância das reflexões ético-jurídicas de modo a evitar que o ser humano seja utilizado como objeto. A análise centra-se nas novas formas de discriminação que ameaçam acometer a sociedade diante da evolução das tecnologias de mapeamento e sequenciamento genéticos, produtos da engenharia genética. Visa, por fim, encontrar meios legais capazes de inibir a discriminação, coibindo abusos e uma nova forma de segregação, a genética. 

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Biografia do Autor

Cláudia Cinara Locateli, Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó

Mestre em Direito (UFSC), Especialista em Direito Civil-Constitucional (PUC/Minas) e em Direito Processual Civil (Unochapecó). Docente na Unochapecó e Unoesc.

Ana Cristina Pandolfo, Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó

Bacharel em Direito (Unochapecó).

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Publicado

2014-10-01

Como Citar

LOCATELI, C. C.; PANDOLFO, A. C. A INTIMIDADE GENÉTICA: DIREITO À INTIMIDADE E À INFORMAÇÃO NA PROTEÇÃO DOS DADOS GENÉTICOS. Revista do CEJUR/TJSC: Prestação Jurisdicional, Florianópolis (SC), v. 1, n. 2, p. 92–119, 2014. DOI: 10.37497/revistacejur.v1i2.67. Disponível em: https://cejur.emnuvens.com.br/cejur/article/view/67. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos Nacionais